Adelard Kakunze oferece tecnologia móvel para diagnosticar diabetes via “Mdiab Burundi”
Publicado originalmente em Akeza
Adelard Kakunze, um jovem empresário do Burundi, foi selecionado para o Programa de Empreendedorismo Tony Elumelu 2015 e é o fundador de uma start-up de tecnologias móveis para a saúde. Seu projeto visa auxiliar na detecção de fatores de risco para diabetes através do celular.
A aplicação móvel de Adelard estará operacional após testes em dois centros de saúde. As previsões colocam seu lançamento em julho de 2016.
Num documento de apresentação do projecto, o Sr. Kakunze escreveu: “Quando uma pessoa é diagnosticada há muito tempo com diabetes, perdem-se oportunidades e benefícios potenciais associados ao diagnóstico e tratamento precoces. Na África Subsaariana, onde muitas vezes faltam recursos de saúde e o rastreio da diabetes nem sempre é uma prioridade para os governos, a proporção de pessoas com diabetes não diagnosticada atinge 90% em alguns países como o Burundi.”
O objetivo da empresa “mDiab Burundi” é rastrear fatores de risco associados ao diabetes e educar a população do Burundi sobre o diabetes usando tecnologia móvel.
“Muitas pessoas viram o crescimento significativo na taxa de penetração móvel em África e no Burundi em particular (o número de assinantes móveis, que era zero em 1999, atingiu cerca de 2,5 milhões em 2012, numa população de cerca de 10 milhões de pessoas)”, ele escreveu para justificar a escolha do celular em particular.
Este projecto é tão revolucionário que as previsões em termos de impacto mostram números impressionantes “O projecto mDiab Burundi permitirá que 417.000 pessoas sejam rastreadas à diabetes e assim adoptem um estilo de vida saudável se estiverem em risco. Além disso, receberão informações relevantes sobre a doença e como administrá-la no dia a dia. O projeto vai ajudar os doentes em tratamento a terem acompanhamento no posto de saúde sem percorrer longas distâncias.”
“Os telemóveis fizeram milagres noutras áreas, como a banca móvel em África. Por que não fazer o mesmo no domínio da saúde e das doenças crónicas em particular? ”Eles concluem.